terça-feira, 31 de agosto de 2010

Que caminho é esse???

Nenhum caminho é tão íngreme e difícil de caminhar quanto aquele que seguimos para alcançar nossos objetivos.


Quando decidimos cursá-lo devemos esperar por grandes tormentas e desafios ao decorrer do percurso.

O tempo vai voar, e você, por alguns momentos, viverá a sensação de fracasso eminente. Não desista. Persevere e continue adiante. Busque dentro de si a força que necessitar, pois ela não estará em nenhum outro lugar que não seja o seu coração.

Durante a caminhada haverá muita dor, suor, lagrimas, sorrisos, alegrias, amor... Haverá de tudo um pouco ou até muito de tudo se preferir. Em alguns dias se sentirá: pleno, capaz e forte, em outros: pequeno, fraco e inútil. Calma, não há mal que nunca acabe, porém também não há bem que sempre dure. Há o equilíbrio. Mas cabe a cada um no decorrer do trajeto encontrar o seu.

Muitas vezes você sentirá vontade de morrer e de viver, de sumir e de ressurgir. Vai querer falar ou se calar. Em alguns dias vai dar tudo certo e em outros tudo errado. Hoje vão te amar, amanhã nem lembrar de você. Vai vibrar ou ser totalmente insensível com as coisas ao seu redor. Desejar bem e mal. Vai errar, acertar, tentar e se omitir. Vai se queimar ao brincar com o fogo e se molhar ao sair na chuva. Vai ter que fazer escolhas, o tempo todo terá que fazer escolhas, escolhas estas que vão definir os próximos passos da maratona que está seguindo, sempre a diante buscando o que há a frente.



No meio do caminho cruzarás com pessoas, muitas pessoas, algumas vão se juntar a você para alcançar as metas, outras vão passar e ficar pra trás ou até mesmo então, mudar de trilha, outros você irá abandonar e pode ser que lá na frente elas façam ou não falta a você. O importante é que todas elas, tanto as que ficam como as que se vão ou que você as larga de mão, te deixam e te levam algo. O que te servir agarre e leve consigo, o que não te agrada deixa pra lá, mas continue, você não pode parar de seguir. Jamais!



Em determinados momentos você deverá parar e fazer balanços e estimativas do que aconteceu e do que ainda está por vir, do que você continua e o que deve mudar para ter uma continuidade plena, mas saiba que tu nunca terás certeza de tudo, nem do que passou e tão pouco do que ainda está por vir. Caberá-te apenas confiar naquilo que há em seu coração.


Na verdade, você não tem só um objetivo e sim, vários: aprender a andar, falar, ter uma bicicleta, estudar, crescer, namorar, dirigir, se formar, trabalhar, casar, um carro, um cachorro, um filho, subir de cargo, uma casa, viajar, ser feliz, ter carinho, ser amado, amar, rir, ser bom, ter saúde... E quando você chegar lá no final do seu andado, verá que muito mais do que almejou foi alcançado, muito mais do que pediu lhe foi dado.


Você vai ver que o que mais fez foi única e involuntariamente o maior alvo que desejava alcançar era o ato mais natural de todos, foi o que Deus te incumbiu de fazer e talvez você tenha feito com tamanha primazia e nem tenha se dado conta disso: VOCÊ VIVEU. Todos os mementos foi isso que fez. Com erros e acertos, prós e contras, foi isso o que fez: VIVER!!!



Então continue a seguir buscando sempre o melhor, passando pelas tempestades e enfrentando de frente tudo o que vier. Não vencerá todas as batalhas, mas a guerra sim. Não passe por cima de nada e nem de ninguém, vença por si e viva por todos.


“É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca.” Dom Hélder Câmara




Abraços,

Cíntia Marmól






quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Conte até três, respire fundo e não chute o pau da barraca!!!

Tem gente que adora tirar as pessoas do sério. Verdade! Algumas pessoas o fazem simplesmente pelo prazer de ver o outro individuo nervoso e desestruturado.


As formas de se fazer isso são as mais distintas e variáveis possíveis: Você pode ser chamado por um apelido que odeia, ser lembrado (em público) de situações que reza todas as noites pra que todos esqueçam e tem a tal da ‘pirraça’ e essa aí é pra acabar com tudo.



Esse tipo de coisa acontece muito no ambiente de trabalho do infeliz cidadão que vive sendo posto a prova por colegas, superiores ou clientes.



Seu time perde, sua esposa te deixa, você perdeu a hora, aquele cliente que insiste em ter razão quando não há (sim eu acredito que o cliente NEM SEMPRE tem a razão, sim), tudo pode ser motivo pra você tentar morder a própria orelha ou querer voar no pescoço de um maldito desses.



Vocês devem estar se perguntando quem me tirou do sério hoje, pra que eu poste algo assim? E eu respondo: Muita gente, muita mesmo. E não é de hoje, é cumulativo, vem de tempos atrás, dos primórdios, de pequenas coisas que se você não toma o devido cuidado de contar até 50, respirar fundo, sair do ambiente e dar uma volta e, no meu caso, fazer uma oração, tu explode meu bem, voa pedacinho de você por todos os lados.



E que se ganha com tudo isso? Simplesmente NADA, ou melhor, ganham-se rugas, cabelos brancos, úlceras, gastrites, enxaquecas, síndromes das mais diversas que existem e a cruel fama de estouradinho, essa última pode gerar ainda mais amolação e aí você ta ferrado.



Então, como fazer para não entrar no circulo vicioso das pessoas estressadas com amolações e perturbações do ambiente que estamos inseridos? Eu realmente queria ter uma fórmula mágica capaz de transformar toda essa coisa que nos atinge em música para nossos ouvidos, mas, infelizmente, o que posso lhes garantir apenas é que, ao ser atacado, afrontado você pode: 1º Responder as amolações com um sorriso, 2º IGNORAR (difícil pra caramba, mas muito eficiente), 3º Seja feliz. Seja feliz independente do circo dos horrores no qual você tem a sorte de habitar.



Viver em paz é humanamente impossível por uma seqüência interminável de coisas, muitas delas provocadas por nós mesmos, porém, podemos viver melhor se não nos deixarmos levar por coisas tão imbecis como, por exemplo, um ser humano muito cretino que tenta nos aborrecer por motivos que poderiam ser ignorados.....

E tem mais, quem garante que eu ou você não somos algozes de outros que se enfurecem com nossos comentários impertinentes e nossas pirraças infantis? Passível de reflexão né?!?!?

 
Quem sou eu pra dar conselho pra alguém aqui? Se você está lendo esse blog, com certeza, possui o mínimo de instrução, possivelmente não é nenhuma criança e sabe o que serve ou não pra ti. Sou tão perfeita e constante como o quebrar de uma onda ao bater na beira da praia, porém uma coisa eu sei com plena certeza: Dá pra ser feliz, mesmo vivendo nesse mundo tão mal servido. Basta cada um de nós fazer o possível e o impossível pra dar o seu melhor em todas as situações e buscar a plenitude em tudo o que nos propusermos a executar. Se ficar difícil, pede pra Deus que ela dá uma super força...


E como diz Zé Ramalho: “Só pra completá: Quem tem mel, dá mel. Quem tem fel, dá fel e quem nada tem, nada dá...”


Beijos,

Cíntia Marmól



sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Parece que não sei...

Gente, como pode? Eleição virou bagunça? Ok, ok, eu sei que política nunca foi coisa muito séria nesse país, mesmo devendo ser... Mas parece que agora é assim: só chegar e pedir voto? A pessoa não precisa ter o mínimo de preparo, aptidão, moral ilibada ou coisa do tipo?


Não se trata de ficha limpa, experiência, nossa me faltam palavras pra descrever o que se passa em minha cabeça. Dói o coração. De verdade, dói!



Já dei muitas risadas vendo o Tiririca na TV (não ria por achar graça, ria por ser ridículo mesmo, não gosto desse tipo de humor), mas agora, quando o vejo dizendo: “Vote no Tiririca pois pior que ta não fica” ou então indagando: “Você sabe o que faz um deputado? Nem eu, vote em mim que eu te conto” simplesmente não consigo achar onde está a graça disso. O riso não me vem a face, não adianta, não consigo ao menos tirar sarro da situação. Incrível, pois eu acho que a intenção deles é fazer a gente rir não é? Ou será que eles realmente pensam que vão se eleger e conseguir fazer algo para o os eleitores? Vergonha.


Perdoem-me se o post de hoje está repleto de dúvidas e pontos de interrogação, mas não consigo entender. Não consigo. Mulher Pêra e Melão, Serginho Malandro, Romário, Dinei, Reginaldo Rossi.... Estou com medo de Paulo Maluf virar uma opção mais segura do que toda essa gente aí.


Os humoristas foram proibidos de fazer humor com canditados políticos, mas os candidatos podem tirar uma com a nossa cara então? Imagine só a Tati Quebra-Barraco desfilando de terninho (bem justinho com calça cintura baixa mascando chicletes) pelos corredores da câmara e o Ronaldo Ésper no meio da sessão alfinetá-la com suas agulhadas felinas. Os irmãos KLB compondo hits românticos em seus gabinetes, as mulheres frutas tirando a concentração dos rapazes do prédio com seus poposões e peitões, Tiririca e Batoré assustando todo mundo ou fazendo suas gracinhas pelos corredores enquanto Reginaldo Rossi fica pra lá e pra cá com suas jaquetinhas de couro com mangas arregaçadas dizendo: “e aí bicho?!?”.

 
E se pararmos pra pensar, é capaz de alguns ou muitos (Deus nos livre) serem eleitos. Eu já ouvi muita gente dizendo por aí que se não tiver candidato votará nessas pessoas para não votar nulo. Ahhhh votem nulo, mas não façam isso.



Bem, só resta a nós escolhermos com cautela nossos representantes e torcer, torcer muiiiito para que se esse pesadelo passe logo e que, ao acordarmos, nenhum personagem desse sonho tão ruim esteja em nossa realidade.




“Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo” Eça de Queiróz

É........

 Abraços.

Cíntia Marmól!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"O dia do Iogurte"

Lembro-me que quando era uma garotinha, uma vez ao mês tomava iogurte. Era um dia muito esperado, por mim e meu priminho da mesma idade, Flávio. Minha avó ia ao supermercado e nós, ansiosamente, aguardávamos seu retorno com nossos potinhos de creme geralmente rosa e sabor morango. Não era uma bandeja com 06 unidades que ela trazia, era um pra cada e pronto! Sentávamos frente à TV, numa posição quase solene e minha avó trazia a iguaria tão aguardada. Degustávamos devagarzinho, apreciando cada pequena colherada, depois, raspávamos o copinho até não haver nenhum resquício de iogurte ali. Certa vez, devido tamanha euforia, derrubei meu potinho no chão... tinha dado 02 ou 03 colheradas. Chorei, porém, o Flávio dividiu o dele comigo depois...
Hoje fui ao supermercado e quando ingressei na fila do caixa presenciei algo que, imediatamente, me fez lembrar do “dia do iogurte” que vivia quando criança. Na fila estavam mãe e filho, um menino com algo em torno de 05 ou 06 anos. O garotinho, quando se deu conta que as deliciosas guloseimas que sua mãe escolhera pra ele não eram de marcas famosas ou sei lá o quê, jogou um pacote de salgadinho e a bandeja de iogurte (sim a mãe dele compra iogurte de bandeja pra ele) no chão enquanto gritava, chorava, esperneava e simultaneamente ia dizendo que não gostava “dessas porcarias” que queria de uma tal marca. Tentei, juro que tentei, não fazer cara de horror ao ver aquilo, acho que não consegui (rsrs). A mãe ameaçou de dar umas palmadas no garoto, mas ficou só na promessa mesmo (também vai que ela bate e a lei da palmada recai sobre a ‘pobre’ mãe), a faxineira do supermercado veio com pano e esfregão para limpar a sujeira feita pelo precioso iogurte, que ao ser atirado ao chão espatifou-se e sujou o local (acho que o Flávio e eu morreríamos se quando crianças presenciássemos aquilo) . A mulher meio sem graça se virou pra mim, que fingi não estar prestando atenção naquilo e me disse que se chegasse a vez dela, eu poderia passar na sua frente, pois ia buscar algumas coisas que esqueceu. Mentira! Ela voltou em seguida, antes que chegasse a sua vez com muitos biscoitos, salgadinhos e iogurte, todos com embalagens estapandas por super-heróis, personagens de desenhos animados e de marcas conhecidas por crianças e adultos. Pronto. O garoto ganhou. Uma chorada, coisas atiradas ao chão, expor a mãe ao ridículo e bingo!!! Seja feita a vossa vontade. Amém!


Estou citando isso pura e simplesmente para frisar como as coisas mudaram. Com certeza a maioria das pessoas que hoje tem a minha idade e talvez tenham tido o mesmo estilo de criação e situação financeira que eu, nunca fizeram algo sequer vagamente parecido com seus pais como fez o garotinho citado nesse texto. Eu nem ia ao supermercado com minha Avó... Nunca escolhi roupas, calçados e tão pouco o que seria comprado pra comer.
 Pais, cuidado. Estamos criando seres humanos, que logo se tornarão adultos. Se ficarmos nos dobrando as suas vontades e mazelas desde pequenos, quando chegarem aos 20 anos, ou até antes disso, estaremos subornando policiais para tentar livrá-los de crimes horríveis como atropelamentos fatais em vias interditadas ou assassinato de moradores de ruas... (quaisquer semelhanças com fatos reais não são meros acasos), visitando-os em cadeias ou até depositando flores em seus túmulos. Não, eu não estou exagerando.
 Amar um filho não é dar tudo o que ele quer por que ele chorou, porque você tem condições ou simplesmente porquê você quer que ele tenha TUDO o que você nunca teve. Com certeza amar um filho é dizer não, é ensinar o valor das coisas conquistadas, mostrar que nada vem do céu e que não se tem tudo o que se quer chorando jogando coisas no chão. Amar um filho é dar o que ele precisa pra se tornar um cidadão de bem, sem vícios, sem preconceitos, sem caráter deturpado. Dar o melhor para um filho é dar aquilo que o faça SER MELHOR e não dar o que o faça achar que pode tudo num piscar de olhos. Quem sabe assim os sabores de pequenas coisas tenham um grande significado e tudo valha realmente a pena?!

 
“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”(Nelson Mandela)

 Abraços...
Cíntia Marmól












terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mais Um!!!!

Zapeando pelos sites de noticias da internet um tempo atrás, lí que um cobrador de ônibus, mais um, foi morto com um tiro na cabeça, ao reagir ao assalto que sofria. Virou dado estatístico. O senhor tinha 62 anos, trabalhava há 26 na empresa e iria se aposentar em breve. Com certeza muita gente, muita mesmo deve estar pensando: “Mas também, por que ele foi reagir ao assalto?” Ele foi defender o amigo, o motorista com quem trabalhava, que seria morto por um dos bandidos, a arma do assaltante falhou na hora “H” e o cobrador, inutilmente, com uma barra de ferro foi tentar ajudar o colega. O outro bandido, sim eram dois, o acertou com uma bala na cabeça.

Reparem o interessante da história: Contei o ocorrido para muitas pessoas, e de maneira quase unânime ouvi de volta um “Nossa ele não devia ter reagido!”. Gente, prestem atenção na inversão de valores, princípios, opiniões ou sei lá o quê: a culpa de quem morre agora não é do assaltante, que vai lá e acaba com as vidas de trabalhadores de formas desumanamente inacreditáveis, a culpa é da própria vítima, que no impulso, completamente compreensível, vai a busca de salvar seu próximo ou de preservar as coisas que com tanto trabalho e dificuldade conseguiu e morre. Estranho não?! Pois é, também achei.


Se eu for escrever sobre todos os absurdos que acontecem na minha cidade, no Brasil e no mundo, certamente morreria sem conseguir terminar o texto. Aqui vou apenas convidá-los a repensar o que está errado na sociedade. Claro, muitas coisas, concordo, porém o mais errado é o conformismo que sentimos quando concordamos que a violência veio para ficar e que nós, cidadãos de bem tenhamos que nos adaptar as regras dos bandidos: Não reaja, não olhe no rosto dele, passe a carteira, o relógio e o celular, e se o bandido ainda der um tiro em alguém, o máximo que devemos fazer é enterrar o rosto contra o chão onde estivermos deitados para o sangue não cair nos nossos olhos... Já assisti à programas de TV que mostravam como se comportar durante o assalto e o mais interessante é que as dicas eram para vários tipos de assalto: em banco, em ônibus, metrô, no farol... O cobrador que morreu em São Paulo com certeza não viu essa matéria. Mas quem garante que você, que me perguntou o por que do pobre homem ter reagido, teria se comportado como mandam as regras da boa vizinhança para com os bandidos?


Absurdo? Não, é real mesmo.


Poderíamos aproveitar que estamos em época de Eleições e ir fazendo a escalação de uma seleção, seleção de bons políticos para nos representar nas partidas que irão acontecer nos próximos 04 anos que estão por vir e quem sabe mudar essa realidade na qual vivemos, antes que ela crie raízes em nossas entranhas e fique cada vez mais difícil reverter tais situações e um dia, talvez, acabem essas mortes tão brutais e sem sentido? Como disse o grande Alexandre Garcia em sua coluna dias atrás: A Seleção da Copa quem escolhe é o técnico, a dos políticos, somos nós.


Vamos tentar? Valendo.


Abraços,

Cíntia Marmól!

"Que a cor da pele nunca seja mais importante do que o brilho dos olhos" (Bob Marley)